Paula nasceu em uma família de mulheres fortes. A avó materna teve o marido assassinado, ficou cara a cara com o criminoso e o perdoou ‒ mas isso não mudou o fato de que teve que criar os sete filhos sozinha. A mãe de Paula, conhecida por todos como Baby, era a caçula, e continuou a saga da família de fugir dos padrões impostos. Nos anos 60, casou-se, mas decidiu se separar em seguida, ainda grávida de Paula ‒ em 1977, quando a Lei do Divórcio foi aprovada no Brasil, correu para oficializar o que até então era “desquite”. O pai nunca fez parte da vida da família.

Na confecção de roupas infantis onde trabalhava, Baby foi a primeira vendedora do sexo feminino a ser contratada e abriu portas para tantas outras devido ao seu desempenho.
Ela sempre teve essa característica ousada, feminista, de querer ocupar espaços que eram negados às mulheres.
Levando a sério o ensinamento de ser, sobretudo, independente, Paula começou a trabalhar aos 15 anos e nunca mais parou. Cursou psicologia e logo enveredou para a área corporativa, em recursos humanos, fascinada pelo dinamismo e pela diversidade de perfis que se apresentavam. Determinada, nunca teve medo de arriscar, e a compreensão interpessoal, a empatia e a comunicação são características presentes no seu dia a dia.
Já que o trabalho sempre foi parte importante da sua vida, não é de se surpreender que tenha conhecido o marido, Marcelo, trabalhando. Casaram-se em 2000 e, em 2004 tiveram o filho, Lucas. A rotina de trabalho seguiu o ritmo acelerado ‒ para ela, família e trabalho sempre foram complementares.
Não é preciso escolher entre uma coisa ou outra. Lembro-me da minha mãe, que sempre foi sozinha com as duas filhas e conciliava tudo, não sentimos falta de nada.
A relação com o marido é sempre de parceria. Se lá fora ainda existe uma sociedade machista que espera que a mulher se ocupe de todas as atividades da casa, da porta para dentro isso não existe para o casal. Os dois já fizeram sacrifícios profissionais e pessoais, e o outro sempre esteve lá para apoiar. Por um tempo, Paula relata, foi o marido que precisou ceder mais na carreira: logo que o filho nasceu, era como se ela tivesse que provar para o mercado de trabalho que isso não reduziria a sua produtividade ‒ algo que não é cobrado dos homens.
Se durante uma reunião o telefone toca e um homem para e atende, todo mundo acha lindo e o vê como dedicado. Se acontece com uma mulher, não é bem assim.
O julgamento jamais aconteceu dentro de casa, mas fora, sim. Sentiu o preconceito mais de uma vez por ter colocado o filho “cedo demais” no berçário e, logo depois, no período integral na escola. A frase “coitado dele, você viaja tanto” passou a ser recorrente. “As pessoas podem ficar tranquilas: ele está bem”, brinca. “Quando viajo, me faço presente mesmo à distância. Usamos a tecnologia, nos falamos por vídeo, eu tiro fotos e filmo os lugares aonde vou, e ele adora”, acrescenta.
Hoje, Paula acredita que o segredo é o equilíbrio entre as diferentes áreas da vida, e isso aprendeu com o tempo. Quando a mãe foi diagnosticada com um linfoma, gerenciou seu tempo para se dedicar aos cuidados dela. “É preciso medir, na vida, o quanto a tua presença vai ser determinante, e isso é possível com o amadurecimento. O mais importante de tudo é não se vitimizar, nem se culpar. É preciso, sempre, avaliar do que se está abrindo mão”, defende.
A mãe não resistiu à doença, mas Paula soube desfrutar a oportunidade do convívio com ela. Isso, evidentemente, não tornou a perda menos sofrida. A relação entre Paula, a irmã e a mãe sempre foi muito forte. Desde pequena, quando tinha alguma apresentação importante no colégio, Paula visualizava Baby na plateia, e isso funciona até hoje, nas suas atividades no trabalho. Foi com ela queaprendeu a conectar-se com pessoas e a respeitar a diversidade, e essas se tornaram suas duas paixões ‒ e que, hoje, estão reunidas na sua função na SAP, à frente da área de Recursos Humanos na América Latina.
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aprendeu a conectar-se com pessoas e a respeitar a diversidade
Seja parte de uma cultura de aprendizagem global na qual todos são professores e todos são alunos. Na SAP, a aprendizagem ocorre o tempo todo e de várias formas diferentes: durante o trabalho, por meio da interação com seus colegas e através de atividades formais de aprendizagem. Nosso pessoal é verdadeiramente o nosso maior ativo e gostamos de investir neles – assim, todos os aspectos da sua aprendizagem e do seu desenvolvimento profissional estão cobertos pela SAP.
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Desde quando começou a trabalhar, Paula atuou em segmentos majoritariamente compostos por homens. À medida que ia avançando na carreira, percebia que havia cada vez menos mulheres em posições de gestão. Por isso, hoje, dedica-se a ajudar a reverter esse quadro. Ainda que o cenário seja menos desigual do que quando entrou no mercado de trabalho, ela sabe que ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Eu trabalho em uma empresa que prega a diversidade, tenho um marido que me apoia e torce pelo meu sucesso e um filho que admira a minha carreira. Sei que estou em uma situação privilegiada e que, infelizmente, ainda não reflete a condição da maioria.
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posições de gestão
Uma rica mistura de perspectivas de gênero ajuda a impulsionar a inovação e nos capacita a servir melhor os nossos clientes. Tendo atingido o nosso objetivo de 25% de mulheres na liderança em 2017, a SAP está comprometida agora em aumentar 1% por ano até a marca de 30% de mulheres na liderança no fim de 2022 e criou várias iniciativas para atingir este objetivo. Nosso premiado Programa de Aceleração da Excelência em Liderança (LEAP) para mulheres é um dos programas de desenvolvimento de lideranças mais inovadores e singulares da indústria. A série de webinars de “Crescimento Profissional das Mulheres” chega a milhares de colegas e clientes (mulheres e homens) a cada ano e nosso programa de Acionamento de Homens pela Igualdade (AMP) possibilita que os gêneros colaborem de forma mais efetiva.
A SAP é a primeira empresa multinacional de tecnologia a receber o certificado de Dividendos Econômicos para a Igualdade de Gêneros (EDGE) pelo nosso compromisso global de gerar um ambiente de trabalho com igualdade de gênero.
Temos como objetivo ser líderes no setor tecnológico em oportunidades para as mulheres e apoiar iniciativas relativas a Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sigla em inglês), tais como Girls Who Code, Girl Smarts, TechGirlz, o Centro Europeu para Mulheres e Tecnologia, entre muitos outros.
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em uma empresa que prega a diversidade
SAP – um lugar onde a Diversidade e a Inclusão são parte da cultura empresarial.
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A vida de mãe e a de uma gerente de projeto
O compromisso público da administração da SAP, realizado em 2011, elevou o total de líderes femininas de pouco mais de 18 por cento para 25 por cento nos últimos seis anos. A administração da SAP mantém seu compromisso de aumentar em um por cento por ano a participação de mulheres na liderança, com metas de 28 por cento em 2020 e 30 por cento em 2022.
O respeito pela diversidade também baseia a educação de Lucas – que desde a infância já entende a importância da equidade de gênero, discursa sobre racismo e homofobia e fica desapontado quando identifica situações de preconceito. É um alento para quem deseja que o caminho da luta por direitos iguais siga sendo trilhado pelas gerações futuras.
Endereço do grafite: R. Santo Inácio, 157 – Cristo Rei | São Leopoldo, Brasil
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equidade de gênero
O Poder de Ser Você Mesmo(a)