Localization Product Manager Brazil | Business Women’s Network Leader
Embora a população brasileira – segundo os dados do Censo de 2010 – seja majoritariamente negra ou parda (50,7%) e do sexo feminino (51,4%), no mundo corporativo a realidade é bem diferente. Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Instituto Ethos e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento revela dados alarmantes: apenas 4,7% dos cargos de liderança são ocupados por colaboradores negros, e 13,6% por mulheres. Para mulheres negras, os números são ainda menores. É por isso que Sueli gosta de descrever a si mesma como a personificação da diversidade: ela se orgulha de ser uma mulher negra de 52 anos – ou com mais de cinquenta, como gosta de dizer – que ocupa um cargo de chefia em uma grande empresa de tecnologia.
Filha de um alfaiate e de uma dona de casa, Sueli nasceu em São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, a 440 quilômetros de distância da capital. Estudou em uma das melhores escolas públicas da região, e aprendeu, desde cedo, a importância de ser responsável e independente. Desde a sua infância, Sueli se acostumou a ouvir sua mãe dizer que teria de sair de casa assim que cumprisse seus dezessete anos, e foi exatamente isso o que fez.
Assim foi a vida para Sueli e seu irmão. Ao contrário de sua mãe, que saiu de casa para trabalhar, Sueli e seu irmão saíram de casa para continuar seus estudos, um assunto que os dois levavam muito a sério: desde que eram crianças ouviam dizer que a educação era a chave para o sucesso. Aos cinco anos de idade, Sueli queria estudar inglês, embora nem soubesse ainda ler ou escrever em português. Em seguida foram aulas de piano. O apetite das crianças pela aprendizagem e imaginação era saciado pela coleção que os pais tinham de dicionários, enciclopédias e todo o tipo de livro que se possa imaginar.
Sueli e seu irmão deixaram sua casa para ir morar em São Paulo, uma das maiores cidades do mundo. Da mãe, ela herdou a criatividade e a paixão pela arte; do pai, a ética de trabalho, o senso de humor e a confiança. Em pouco tempo já tinha completado duas graduações em uma das melhores universidades particulares do país – em Artes Plásticas e Processamento de Dados – e iniciado um Mestrado em Recursos Humanos. Trabalhou em diversas empresas antes de se juntar à SAP, há mais de vinte anos atrás. Há dez anos, começou também a lecionar.
Arraste o mouse para conferir o antes e depois do muro da Sueli.
Ao longo do caminho, Sueli foi percebendo que não havia muita gente parecida com ela, embora tenha precisado de algum tempo até enfim entender que eram raça e gênero os motivos por trás disso. Ela nunca tinha se dado conta da existência do racismo, embora estivesse por todos os lados: no clube “só para brancos” de sua cidade natal; na oferta para trabalhar como empregada na casa de uma senhora que vivia no mesmo bairro de classe média-alta que ela; nos insultos que recebeu de uma mulher que bateu em seu carro e ficou insistindo que a “negrinha” arcasse com os prejuízos.
No passado, sempre que topava com uma situação dessas, era difícil entender que havia racismo por trás disso tudo. Agora eu entendo.
No entanto, foi só quando uma de suas amigas mais chegadas – que também era negra – negou sua própria etnia, que Sueli se deu conta de tudo. Sua amiga se recusava a reconhecer sua verdadeira identidade por medo de, assim, não ter acesso às mesmas oportunidades que suas colegas brancas tinham. Isso foi lá por 2000, quando a discussão sobre as cotas raciais em universidades começou a ganhar forma no país. “Eu queria entender mais sobre o assunto. Conversei com amigos meus dos Estados Unidos para saber como esse processo tinha ocorrido por lá. Em 2004, quando a primeira universidade brasileira adotou o sistema, eu já tinha todas as informações que precisava para saber que tinha de ser a favor da medida, não apenas em nome de oportunidades iguais e da justiça, mas também para que minha amiga pudesse aceitar a sua identidade”.
Sueli não permitiu que nada abalasse a base de sua autoestima, e menos ainda seu orgulho de ser uma mulher negra. “Venho de uma família de mulheres fortes. Muitos dos meus parentes homens morreram cedo, e então as mulheres tiveram que tomar conta e se responsabilizar pelo sustento da família”. Hoje, Sueli lidera a Business Women’s Network da SAP, um grupo voltado à igualdade de gênero no ambiente de trabalho e que ajuda a criar e a manter um ambiente inclusivo tanto para homens como para mulheres. Atualmente, Sueli lidera o Ethnicities@SAP, um grupo de redes de funcionários que se concentra em minorias étnicas sub-representadas.
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Business Women’s Network
Com mais de 10.000 membros e mais de 60 capítulos em todo o mundo, a Business Women’s Network da SAP (BWN) é o maior Grupo de Afinidade da SAP. Ele ajuda as mulheres a avançarem em suas carreiras através da construção de relações sólidas, do compartilhamento de visões profissionais, do desenvolvimento de habilidades e do aproveitamento de oportunidades de avanço na profissão. Sua ambição é aumentar a visibilidade das líderes femininas da SAP, exibir o impacto no negócio, ajudar a atingir os objetivos de sustentabilidade da SAP e impulsionar o êxito da empresa.
Veja algumas fotos de atividades apoiadas pelo Business Women’s Network da SAP (BWN) abaixo:
5º Lugar em Ranking de Equidade de Gênero no Peru entre 180+ empresas (Lima)Conscientização sobre Equidade de Gênero (SAP Labs Latin America) (São Leopoldo)Conscientização sobre Equidade de Gênero (SAP Labs Latin America) (São Leopoldo)Conscientização sobre Equidade de Gênero (SAP Labs Latin America) (São Leopoldo)BWN Miami reconhecido como Melhor Capítulo em 2017BWN Miami reconhecido como Melhor Capítulo em 2017Palestra sobre Diversidade & Inclusão (Santiago de Chile)Grupos de Afinidade em evento de clientes - SAP Executive Summit Peru (Lima)Grupos de Afinidade trabalhando juntos para conscientização (Cidade do México)Dia dos Pais (Cidade do México)Palestra sobre Finanças Pessoais - SAP Labs Latin America (Sao Leopoldo)Homens e Mulheres pintando juntos por um futuro melhor (Lima)Workshop de Defesa Pessoal - SAP Labs Latin America (Sao Leopoldo)Atividades para o Dia Internacional da Mulher - Press for Progress (São Paulo)Líder do BWN Brasil palestrando em evento das Nações Unidas na BélgicaAssinatura dos Women"s Empowerment Principles das Nações Unidas (São Paulo)Usando Realidade Virtual para conscientização (Buenos Aires)Evento Women in Data Science - SAP Labs Latin America (Sao Leopoldo)3º Lugar em Ranking de Equidade de Gênero na Colombia entre 200+ empresas (Bogotá) 3º Lugar em Ranking de Equidade de Gênero na Colombia entre 200+ empresas (Bogotá) Atividades para o Dia Internacional da Mulher (Buenos Aires)Atividades para o Dia Internacional da Mulher (Buenos Aires)Atividades para o Dia Internacional da Mulher (Buenos Aires)
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Ethnicities@SAP
Na SAP, temos vários Grupos de Afinidade focalizados em raças e etnias em todo o mundo. No Brasil, o grupo se chama “Ethnicities@SAP” e se concentra em refletir a distribuição demográfica do país na força de trabalho da SAP. Atualmente no Brasil, mais de 54% da população se autodefine como não-branca, mas o ambiente empresarial está longe de refletir esta realidade.
A SAP estabeleceu uma parceria com a instituição brasileira Faculdade Zumbi dos Palmares, através da qual a empresa oferece alguns postos de estágio aos alunos, para que eles considerem a SAP como um empregador potencial.
Além de ter políticas e procedimentos sólidos contra a discriminação, incrementar a conscientização é crucial para desenvolver um ambiente diverso e inclusivo sustentável. Nosso Programa de Aprendizagem de Diversidade e Inclusão oficial, promovido ao longo do ano, está disponível para todos os funcionários de todas as partes do mundo e inclui conteúdos sobre Vieses Inconscientes e Diversidade Racial.
Veja algumas fotos de atividades voltadas ao aumento da conscientização em nossas filiais:
ID Experience (Summit)ID Experience (Summit)ID Experience (Summit)Treinamento de Diversidade (Focus on Insight)Ação Dia Internacional Contra a Discriminação Racial – São Paulo e Rio de Janeiro.Ação Dia Internacional Contra a Discriminação Racial – São Leopoldo (SAP Labs Latin America). Café da Manhã com a Presidente.Participação da SAP na Iniciativa Empresarial pela IgualdadeParticipação da SAP na Iniciativa Empresarial pela IgualdadeParticipação da SAP na Iniciativa Empresarial pela IgualdadeParticipação da SAP na Iniciativa Empresarial pela IgualdadeParticipação da SAP na Iniciativa Empresarial pela IgualdadeApresentação da SAP (Zumbi dos Palmares – ação de recrutamento)Apresentação da SAP (Zumbi dos Palmares – ação de recrutamento)
Além das discussões sobre gênero e raça, a idade é outra coisa que fascina Sueli. Quando tinha quinze anos, ela perdeu seu avô materno, de 95. Desde então, a questão do envelhecimento a intriga. Tanto que, em 2009, ela iniciou um curso de pós-graduação em Psicogerontologia para melhor entender o processo de envelhecimento. Trata-se de um tema relevante no âmbito da diversidade e inclusão. “Quero saber como promover também a inclusividade de pessoas com mais de cinquenta anos e que desejam permanecer no mercado de trabalho, bem como garantir que eles se entenderão bem com seus colegas mais novos. Se tivermos uma força de trabalho com diversidade, nossa empresa poderá atuar ainda mais em mercados globais igualmente diversificados”, ela argumenta, personificando a diversidade da qual tanto se orgulha de fazer parte.
Endereço do grafite: Rua Frei Caneca, 420 - Consolação | São Paulo, Brasil
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Idade
Pessoas em diferentes etapas da vida trazem uma variedade de perspectivas e experiências à SAP, ajudando a alimentar nossa inovação. Novas gerações ou “talentos precoces” nos ajudam a antecipar tendências e tomar riscos; estes são equilibrados pela nossa força de trabalho estabelecida, que contribui com o valor de sua experiência e de seus relacionamentos, além de funcionar como mentores. Todas as gerações são essenciais para o nosso êxito e estamos empenhados em apoiar todos os funcionários – e nos esforçamos para aumentar a conscientização sobre os benefícios da diversidade geracional para a SAP.